Astrocitos fibrosos visíveis mediante técnicas de inmunohistoquímica graças a anticuerpos quiméricos (unidos a proteína verde fluorescente) contra a proteína ácida fibrilar glial
Quadro clínico
A doença tem várias formas que difieren em seu quadro clínico e na idade de aparecimento, tendo todas elas o rasgo distintivo da degeneração fibrinoide dos astrocitos com fibras de Rosenthal. Desde 1976 reconhecem-se três formas da doença:Forma infantil:
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- Aparece desde o nascimento até os 2 anos.
- É a mais comum.
- Pode cursar com ou sem macroencefalia, ainda que o mais corrente é que apareça (Rodríguez, 2001).
- Observam-se ataques e atraso ou involución no desenvolvimento. A função motora deteriora-se progressivamente até a cuadriparesis e espasticidad.
- Hidrocefalia, em ocasiões associada a estenosis do acueducto de Silvio.[Ainda que não se observou associação entre a estenosis e a acumulación de fibras de Rosenthal.
- Atraso mental profundo na maioria dos casos, ainda que às vezes não se observou.
- Ataxia e ataques epilépticos.
- vómitos e elevada tensão intracraneal.
- Começa na idade escolar, aos 9,5 anos em media
- A sintomatología consiste principalmente em paraplejia espástica e signos bulbares progressivos.
- Normalmente preservam-se as funções cognitivas.
- Dificuldades para engolir ou falar, vómitos, ataxia e/ou espasticidad.
- Pode dar-se (cifosis|cifo )(escoliosis|scoliosis)
- Enquanto a forma infantil afecta geralmente ao cérebro, a juvenil afecta mais ao tronco cerebral. Há muitas fibras de Rosenthal, mas a desmielinización é menos importante que na forma infantil.
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- É a forma mais benigna e rara da doença. Observaram-se casos de aparecimento até os 36 anos. Recorda à esclerosis múltipla ou um tumor.
- A ataxia é muito frequente, bem como dificuldades de fala, deglución e problemos no sonho.
- Os sintomas são similares à doença juvenil, mas mais suaves.
Diagnóstico
O diagnóstico tinha sido durante muito tempo difícil, devido a que a maioria dos signos podiam se dar também em outras leucodistrofias, de modo que a prova diagnóstica de confirmação consistia em uma biopsia cerebral que revelasse as fibras de Rosenthal. Em ocasiões isto se efectuava pós-mortem na necropsia. No entanto, esta prova resulta bastante invasiva e viu-se a necessidade de procurar outras possibilidades aproveitando as novas técnicas de imagem por MRI. Em março de 2001 a eminente neuróloga Marjo vão der Knaap e sua equipa puderam estabelecer uma série de critérios que provavam em 90% dos casos a existência da doença. Considera-se que a presença de ao menos 4 dos seguintes critérios dão um resultado diagnóstico positivo:- Presença de anormalidades extensas na matéria branca com uma preponderancia frontal ou bem quanto à extensão destas anormalidades, no grau de abultamiento, no grau de mudança de sinal ou no de perda de tecido (por atrofia ou degeneração cística).
- Presença de um borde periventricular de descenso de intensidade de sinal nas imagens potenciadas em T2 e elevação da intensidade em imagens potenciadas em T1.
- Anormalidades nos ganglios basales e tálamos, consistentes em uma elevação na intensidade do sinal e abultamiento ou em atrofia e aumento ou descenso da intensidade do sinal em imagens potenciadas em T2.
- Anormalidades no tronco encefálico, em particular incluindo o cérebro médio e a medula.
- Aumento de contraste que implica um ou mais das seguintes estruturas: borde ventricular, cerco de tecido periventricular, substância branca dos lóbulos frontais, quiasma óptico, fórnix, ganglios basales, tálamo, núcleo dentado e estruturas troncoencefálicas.